Continuando...
ALMIR MOURA (DEM-RJ) - R$ 100 mil
Em depoimento na Justiça Federal, Vedoin afirmou que houve licitação direcionada na compra de equipamentos médico-hospitalares para Miracema (RJ), referente a recursos oriundos de emenda apresentada pelo deputado para o exercício de 2004.
Em troca, o deputado teria recebido R$ 80 mil.
Vedoin citou outras duas licitações direcionadas, referentes a 2005, executadas com recursos de emendas do deputado. Quanto ao exercício de 2006, o empresário disse que Moura apresentou uma emenda de R$ 1,2 milhão para compra de equipamentos médicos e, em troca, recebeu adiantamento de R$ 20 mil.
CARLOS NADER (PR-RJ) - R$ 93 mil
Darci Vedoin disse que combinou pagar a Nader comissão de 10% do valor das emendas. No entanto, não soube precisar quanto teria sido efetivamente pago ao parlamentar. Ronildo Medeiros, também sócio da Planam, confirmou a comissão de 10% e o pagamento de R$ 30 mil realizado em troca da emenda para o Hospital Darci Vargas.
FERNANDO GONÇALVES (PTB-RJ) - R$ 411,5 mil
O empresário Luiz Antônio Vedoin afirmou que, em 2001, o parlamentar recebeu um ônibus médico-odontológico. Além de um total de R$ 310 mil em comissões.
Darci José Vedoin, também em depoimento à Justiça de Mato Grosso, afirmou que o deputado ou seu chefe de gabinete faziam contato com os prefeitos para fraudar as licitações.
JOÃO MENDES DE JESUS (PSB-RJ) - R$ 157 mil
Segundo Vedoin, o próprio parlamentar contatou os prefeitos de Mendes, Japeri e Queimados (todos do Rio) para acertar os detalhes sobre a fraude das licitações.
João Mendes de Jesus teria recebido comissão por uma emenda que financiou a compra de dois veículos de inclusão digital ao Instituto Brasileiro de Estudos Especializados (Ibrae); e por emenda para compra de dois ônibus com equipamentos de informática para o Intedeq.
O empresário Ronildo Pereira Medeiros disse que ele e Vedoin pagaram mais R$ 22 mil ao deputado como antecipação de comissão sobre emenda para financiar a compra de equipamentos médico-hospitalares em Rio das Flores (RJ).
Em 2008 foi eleito vereador do Rio de Janeiro na legenda do PRB.
JOSÉ DIVINO (S/PARTIDO-RJ) - R$ 60 mil
De acordo com Vedoin, foram pagos a José Divino R$ 40 mil de comissão sobre emendas para aquisição de equipamentos médico-hospitalares. O dinheiro teria sido entregue ao deputado em espécie e em mãos. José Divino teria recebido mais R$ 20 mil referentes a outras duas emendas para aquisição de equipamentos médico-hospitalares e unidades móveis de informática.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados recomendou a cassação de José Divino. Contudo, seu caso foi arquivado sem o pronunciamento do plenário.
PAULO BALTAZAR (PSB-RJ) - R$ 50 mil
Vedoin citou um pagamento de R$ 50 mil, que teria sido feito por ele pessoalmente ao deputado no aeroporto do Galeão, no Rio, no final de março de 2006, referente a um saldo de licitação do Instituto Brasileiro de Cultura e Educação (Ibrae).
A CPMI das Sanguessugas cita também um diálogo telefônico gravado pela Polícia Federal, mas não transcrito no relatório parcial, entre Darci Vedoin (que estava no gabinete de Paulo Baltazar no dia 28 de março de 2006) e Ivo Marcelo, cunhado de
Baltazar rechaçou a acusação, apresentando à CPMI uma lista de todos os horários de vôo que fez no mês de março. Também sugeriu à comissão que requisitasse à administração do aeroporto as fitas das câmeras de segurança, para comprovar ou refutar a acusação de Luiz Antônio Vedoin. Segundo a defesa de Baltazar, nenhuma providência foi tomada. Paulo Balatzar foi absolvido junto com outros 25 envolvidos no escândalo.
PAULO FEIJÓ (PSDB-RJ) – R$ 182,8 mil
Emendas em benefício de vários municípios do Rio, em 2003 e 2004, teriam sido executadas por intermédio de empresas de Vedoin. Vedoin disse que as entidades beneficiadas teriam sido indicadas por Feijó, que apontou os nomes das pessoas a ser procuradas nas entidades para acertar as fraudes das licitações.
Vedoin disse também que pagava comissões para assessores de Feijó. O percentual não era fixo. Disse que dinheiro era depositado nas contas de Ricardo Mello, Daniela Rode Guimarães e Zélia Cardoso de Mello, esposa de Ricardo.
De acordo com Darci José Vedoin, pai de Luiz Antônio, os depósitos de pequeno valor, entre de R$ 1 mil e R$ 2 mil, eram destinados ao próprio servidor, enquanto que os superiores a esses valores eram para o parlamentar.
VIEIRA REIS (PRB-RJ) - R$ 50 mil
De acordo com Vedoin, o deputado teria recebido comissões por meio de transferências eletrônicas para as contas dos assessores Inaldo Santos Silva e Cristiano Souza Bernardo. Vedoin ressaltou que o destinatário final do dinheiro era Vieira Reis.
Além disso, Luiz Antônio afirmou que seu pai, Darci Vedoin, entregou R$ 10 mil em espécie ao deputado em seu gabinete, na Câmara.
Foi eleito vereador da cidade de Campos (RJ) no pleito de 2008 na legenda do PRB.
Fonte: Agência Câmara; DHBB – FGV.