"O maior castigo para aqueles que não se interessam por política, é que serão governados pelos que se interessam." Arnold Toynbee

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Blairo Maggi: Rei da Soja também é Rei do Mato Grosso


Depois de governar o Mato Grosso por duas vezes seguidas, ganhando sempre em primeiro turno, Blairo Maggi, conhecido como “Rei da Soja”, foi eleito senador da República para os mandatos de 2011 a 2018.

Em 2004, a organização não governamental Greenpeace, conferiu a Blairo Maggi o prêmio “Motosserra de Ouro”, apontando-o como a personalidade brasileira que mais contribuiu para a destruição da floresta amazônica.

Fundador do Grupo Amaggi, tornou-se o maior produtor e exportador de soja do Brasil. Somente perdeu o título de Rei da Soja, na safra de 2005/2006, para seu primo, Eraí Maggi. O Grupo atua em diversas atividades econômicas, não sendo apenas formado por fazendas de produção de soja, milho e algodão, incluindo logística de transportes, pecuária e centrais hidrelétricas. O grupo foi considerado em 2009 a 17ª maior empresa exportadora brasileira. No mesmo ano, a revista Forbes elegeu Blairo Maggi como a 62º pessoa mais influente do mundo.

Nascido em Torres, no Rio Grande do Sul, em 1973, sua família fundou no Paraná a empresa Sementes Maggi, de produção de sementes de soja. Em 1981, a família de Blairo se transferiu para a cidade de Rondonópolis, em Mato Grosso, comprando 2.400 mil hectares de terra. Pouco depois, Blairo adquiriu uma fazenda no povoado de Sapezal, tornando-se dono de 12 mil hectares de terra continuada. Anos mais tarde, em 1994, o município de Sapezal seria criado por lei estadual. A cidade seria planejada por urbanistas contratados por Blairo Maggi e teria como primeiro prefeito André Antonio Maggi, seu pai.

Filiado ao PPS, em 2002, em sua primeira candidatura a um cargo político, Blairo Maggi foi eleito em primeiro turno governador de Mato Grosso, com 51% dos votos, apoiado por uma ampla coligação de partidos.

Nas eleições de 2006 foi reeleito, também em primeiro turno, com 65,39% dos votos válidos.
Vice-presidente do PPS, em função da eleição presidencial entrou em conflito com o presidente do partido, Roberto Freire, por contrariar a recomendação de apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin, do PSDB, e tornar-se um dos principais aliados de Lula, do PT, no segundo turno das eleições. Após tal conflito, deixou o PPS e filiou-se ao PR, agremiação pela qual foi eleito senador.